Da editoria
Não faço parte dos acampados nem pretendo representá-los aqui. O que me proponho a fazer é explicitar algumas de suas posições, pelo que pude colher nos seus discursos, veiculados através da internet.
As pessoas acampadas no gramado em frente ao ICHF são conhecidas como Movimento de Ação Direta, ou MAD. O grupo não se define como um coletivo, já que não vota suas ações; também não se sente representado pela Assembleia dos Estudantes.
No contexto específico desta greve, os integrantes do MAD se propõem a usar este momento para avançar algumas outras lutas que eles pensam estarem esquecidas. Entre elas, a construção de um alojamento para os estudantes que não têm como morar em Niteroi ou no Rio, a disponibilização de café da manhã no bandejão e a regularização e aumento da bolsa de auxílio que a Universidade dá a quem não tem condições de se sustentar e estudar ao mesmo tempo.
O estabelecimento de um piquete seria, nas palavras de um dos integrantes “a forma de fazer as contradições da universidade explodirem”, ou seja, deixá-las evidentes. Entre elas, o fato de que, para eles, a universidade é um instrumento que replica a luta de classes da sociedade em geral.
Por tudo isso, montaram, durante um dia, um piquete – uma obstrução que evite a entrada de pessoas que não sejam a favor da greve. Na quinta-feira, dia 24, o piquete foi desmontado; o grupo segue acampado no Gragoatá. O grupo existe mais ou menos desde 2007, quando houve o acampamento Maria Julia Braga.●
Nenhum comentário:
Postar um comentário