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segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Estado do ICHF em greve: Dia de um ex-indeciso - Romulo Braga

Por Romulo Braga (estudante de História na UFF)


Acordei um pouco consternado. Não sei se mais pela ingenuidade de não ter lido todo o texto referente à aula de hoje ou por saber que iria à uma aula durante uma greve de professores. Mas nada que se assemelhasse ao que vi ao adentrar no campus onde estudo. Um “piquete”, com tablados de madeira e barracas de camping vieram impor a democracia àqueles que ainda acreditam na greve como um direito. Não é mais. Greve agora é dever. Como não enxergamos isso? Parece que para alguns foi preciso nos mostrar tal contradição quanto ao conceito de greve – até hoje desconhecida - com um adestramento em forma de barricadas com restos de mesas e cadeiras. Um grupo, que se autoproclama “anarquista” – se é que isso ainda tem significado no Brasil de hoje – banca a vanguarda do pensamento politizado e, em absoluta minoria, passando por cima do Diretório Central dos Estudantes, do Centro Acadêmico, da Assembleia dos Estudantes e, literalmente, dos professores, declara, ou melhor, determina o fechamento de dois blocos da UFF. Se esse é o conceito que têm de democracia, que usem para si e seu pequeno nicho. Aos gritos, chamaram professores de fascistas e convidaram alunas a abrirem não mais os blocos, mas as pernas. Tal autoritarismo dessa minoria é até compreensível, já que - evocando Brizola – “quem sempre viveu de concessões e favores do poder[universidade] público não é capaz de ver nos outros se não os vícios que carrega em si mesmo.”Sou um aluno graduando a favor da greve, mas não mais estou indeciso quanto à forma que está se fazendo o apoio aos mesmos. ●

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